De acordo com o Estadão, a entrada do grupo aconteceu horas antes do começo das atividades da 11ª cúpula do BRICS, que reúne os presidentes da Rússia, Índia, China e África do Sul, que são os países que apoiam o governo do líder venezuelano Nicolás Maduro como legítimo, diferentemente do Brasil.
O ministro-conselheiro acreditado pelo Brasil, Tomas Silva, foi permitido entrar no prédio pelos funcionários da embaixada, segundo a equipe de Guaidó.
A embaixadora venezuelana María Teresa Belandria, que não está no Brasil no momento, emitiu comunicado dizendo que um grupo de funcionários decidiu abrir as portas e entregar as chaves da embaixada voluntariamente por reconhecer Guaidó como legítimo presidente.
Enquanto o jornal noticia que o acesso à embaixada foi permitido, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) classificou a ocorrência como "invasão".
Hoje, em Brasília, grupo ligado ao ilegítimo Juan Guaidó invade a Embaixada da Venezuela em reforço a toda ação violenta do imperialismo na América Latina. Força e solidariedade aos venezuelanos na embaixada!
— MST Oficial (@MST_Oficial) November 13, 2019
Pela autodeterminação dos povos, a decisão do povo deve ser respeitada! pic.twitter.com/6Ojlh4Iufr
A conta não verificada no Twitter, supostamente pertencente ao vice-ministro venezuelano das Relações Exteriores, Yván Gil, também relatou a tentativa de "invasão", pedindo que autoridades brasileiras respeitem acordos internacionais e protejam a embaixada.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também relatou o incidente, chamando-o de "atentado contra a democracia".
DENUNCIA GRAVE: Grupos irregulares invaden áreas de nuestra embajada en Brasilia. El Gobierno de Brasil debe dar todas las garantías y respeto a los convenios internacionales, si se mantiene esta agresión será grave precedente ! https://t.co/PmNdErorBT
— Yvan Gil (@yvangil) November 13, 2019
Denúncia grave: grupos irregulares invadem áreas de nossa embaixada em Brasília. O governo do Brasil deve dar todas as garantias e respeitar os acordos internacionais, se esta agressão se mantiver, será um grave precedente
"A convocação às autoridades brasileiras significa a necessidade de garantir o respeito à integridade de nossa embaixada, de acordo com a Convenção de Viena. Esperamos que esta [invasão] não se torne um precedente sério", declarou Yván Gil.
Devido à confusão, a Polícia Militar foi acionada, mas não pôde retirar pessoas da embaixada por se tratar de território estrangeiro.
Apesar de essa ser a primeira vez que os representantes de Guaidó entram na sede, eles já vinham tentando tomar o prédio e desalojar os funcionários enviados por Maduro.
Anteriormente, as autoridades americanas forçaram os diplomatas venezuelanos a deixar sua embaixada nos Estados Unidos e a entregar suas instalações a representantes de Guaidó.