Cientistas norte-americanos descobriram que exoplanetas poderiam ser potencialmente habitáveis, o que daria aos astrônomos a possibilidade de identificar com mais precisão zonas do Universo onde se deve buscar vida.
Are we alone? A research team at Northwestern is the first to combine 3D climate modeling with atmospheric chemistry to explore the habitability of planets. https://t.co/MFN4Olvq1q pic.twitter.com/8rV7dE2kRg
— Northwestern (@NorthwesternU) November 13, 2019
Estamos sozinhos? Uma equipe de pesquisa da Northwestern é a primeira a combinar modelos climáticos em 3D com química atmosférica para explorar a habitabilidade dos planetas.
Eis o comunicado publicado na segunda-feira (11) pela Universidade Northwestern (EUA).
Existem milhões de exoplanetas, ou seja, planetas que estão fora do nosso Sistema Solar e que possuem um sistema próprio, mas é muito difícil saber com precisão como seriam as condições nesses corpos celestes.
"Existem muitas estrelas e planetas, o que significa que existem muitos objetos", comentou o autor principal da pesquisa Daniel Horton, professor da Northwestern. "Nossa pesquisa pode ajudar a limitar a quantidade de lugares para onde devemos apontar os telescópios", afirmou.
Para reduzir o número de potenciais objetos estudados, os autores desta pesquisa definiram pela primeira vez o "modelo climático em 3D" com a fotoquímica e a química atmosférica, para explorar a habitabilidade dos planetas que se encontram ao redor de estrelas anãs vermelhas do tipo M. Estas estrelas são frágeis, mas são mais comuns e se supõe que representam em torno de 70% de todas as estrelas da Via Láctea.
No que a pesquisa resultou?
Em suas simulações, os autores da pesquisa descobriram que os planetas que orbitam ao redor de estrelas ativas – aquelas que emitem muita radiação ultravioleta – são vulneráveis a perder quantidades de água devido à vaporização. Enquanto que os exoplanetas situados ao redor de estrelas inativas ou silenciosas têm mais possibilidade de reter água em estado líquido tão importante para vida.
A equipe de cientistas também pôde observar que planetas com grossas camadas de ozônio não possibilitam a manutenção de vida, ainda que a temperatura seja adequada, pois permitem uma alta penetração de radiação ultravioleta.
Estamos sozinhos no Universo?
Os responsáveis pela pesquisa acreditam que esta informação será essencial para a busca de lugares habitável fora da Terra. O telescópio espacial Hubble da NASA tem capacidade para detectar vapor de água e ozônio em exoplanetas, basta saber onde buscar.
"'Estamos sozinhos' é uma das maiores perguntas sem resposta", observa o cientista Howard Chen, coautor do estudo. "Se pudermos dizer com antecedência que países têm mais probabilidades de abrigar vida, então estaremos bem mais próximos de responder durante nossas vidas", concluiu.