Apesar de Israel ter armas nucleares desde o início da década de 1970, não era segredo para o mundo as capacidades do Estado judeu de lançar um ataque nuclear desde a criação de suas bombas atômicas e a família de mísseis balísticos Jericho.
No entanto, segundo a revista americana National Interest, Israel é capaz de lançar um ataque nuclear pelo mar desde 2000.
A razão disto estaria nas modificações feitas em mísseis de cruzeiro comprados no exterior e capacitados a carregar artefatos nucleares obtidos após a Guerra do Golfo, quando o país foi alvo de mísseis iraquianos.
Embora a revista não saiba com precisão qual míssil nuclear Israel levaria em seus submarinos, os mísseis Popeye, Harpoon, e Gabriel, sendo este último feito no país, teriam características perfeitas para serem modificados pelos engenheiros israelenses.
Teste suspeito
Ainda de acordo com a revista, em 2000, um míssil foi disparado do fundo do mar no litoral do Sri Lanka. Após sobrevoar 1.500 km, o armamento caiu no mar, deixando um rastro de suspeita sobre a autoria do teste.
Conforme a National Interest publicou, autoridades militares americanas logo suspeitaram de que o ato se tratava de um teste feito por um submarino israelense.
Tendo em vista o desempenho do míssil, os militares americanos chegaram à conclusão de que Israel teria capacidade de lançar um ataque nuclear contra Teerã por via marítima.
Submarinos Dolphin
Israel possui em seu arsenal pelo menos cinco submarinos Dolphin I em serviço. Além disso, outras três unidades da classe Dolphin II estão sendo construídas na Alemanha.
As unidades da primeira classe possuem 10 tubos de torpedo, sendo que quatro deles seriam capazes de lançar mísseis de cruzeiro.
Podendo permanecer submerso por até 18 dias, o submarino Dolphin seria capaz de conduzir ataques contra inimigos de Israel tanto a partir dos mares Mediterrâneo e Vermelho quanto do oceano Índico, sem ser percebido.