Os protestos foram duramente reprimidos pela polícia e Forças Armadas, que voltaram a atuar no país após a renúncia do ex-presidente, em 10 de novembro.
O representante da Defensoria do Povo da Bolívia em Cochabamba, Nelson Cox, afirmou à emissora CNN que pelo menos 125 pessoas ficaram feridas e 110 manifestantes foram detidos pelas autoridades.
Evo Morales está no México desde terça-feira, onde solicitou asilo político e foi atendido. Enquanto isso, a senadora de oposição Jeanine Áñez, se autoproclamou presidente da Bolívia e prometeu realizar eleições o mais breve possível.
A polícia, para justificar a violência, afirmou que os manifestantes estavam portando armas de fogo e objetos contundentes, além de atirarem coquetéis molotov contra as forças de segurança, informou Agência Brasil.
A repressão da marcha começou sobre uma ponte que une o municípios de Sacaba e Cochabamba, quando um grupo de cerca de 400 agricultores tentava chegar ao centro da cidade. Militares e policiais tentaram impedir a passagem dos manifestantes, mas não houve acordo entre as partes, desatando os distúrbios.