No sábado (16), Guaidó e Áñez discutiram a situação em ambos os países durante uma conversa via Skype, transmitida pela rede de televisão estatal BoliviaTV. O líder da oposição anunciou que vai nomear seus representantes na Venezuela em poucos dias.
Durante a conversa, ambos os políticos denunciaram Nicolás Maduro e Evo Morales, com Áñez dizendo que "aqueles que se dizem socialistas do século XXI destroem tudo".
A nova ministra das Relações Exteriores da Bolívia, Karen Longaric, anunciou no dia 15 de novembro a expulsão do corpo diplomático venezuelano relacionado com o governo de Nicolás Maduro, depois que a presidente interina boliviana Áñez reconheceu Guaidó como o presidente legítimo da Venezuela.
Em outubro, Morales obteve uma vitória decisiva no primeiro turno da eleição presidencial, mas seu principal adversário, Carlos Mesa, recusou-se a reconhecer os resultados.
No dia 10 de novembro, as Forças Armadas bolivianas instaram Morales a renunciar em nome da estabilidade do país. Como resultado, ele renunciou no mesmo dia e deixou o país. As mais altas autoridades da Bolívia também se demitiram. Os poderes presidenciais foram temporariamente transferidos para a segunda vice-presidente do Senado, da oposição, Jeanine Áñez.
Protestos em massa
Em 21 de janeiro, protestos em massa eclodiram na Venezuela logo após a posse presidencial de Maduro, seguida pela autoproclamação de Guaidó como presidente interino do país.
Vários países ocidentais, incluindo o Brasil e Estados Unidos, anunciaram o reconhecimento do Guaidó. A Rússia, China, Turquia e vários outros países apoiaram Maduro como sendo o presidente legítimo.