Em comunicado no Twitter neste sábado (16), o romancista se referiu ao país andino como um grande povo com uma cultura incrível, além de denunciar o silêncio das mídias internacionais diante da situação nas ruas bolivianas após a renúncia do ex-presidente Evo Morales.
A publicação foi acompanhada de um vídeo no qual a polícia abre fogo contra civis para impedir a continuação de uma marcha pacífica.
Bolivia: gran país, gran pueblo, una cultura increíble, ahora ahora en la mira de los rifles de una élite inescrupulosa e desvergonzada
— Paulo Coelho (@paulocoelho) November 16, 2019
Y lo que es peor: el silencio de los principales medios internacionales https://t.co/53Kifo3pTy
Bolívia: grande país, grande povo, uma cultura incrível, agora na mira dos rifles de uma elite inescrupulosa e sem vergonha. E o que é pior: o silêncio dos principais meios de comunicação internacionais
Cena horrível em Sacaba hoje, depois que a polícia boliviana decidiu abrir fogo sobre civis, matando 4 pessoas na tentativa de impedir uma enorme marcha pacífica de chegar a Cochabamba. Mães chorando imploram a eles: "Parem de disparar! Por favor!". "Elas estavam voltando para casa do trabalho!", diz outro
As palavras do escritor foram respondidas por Morales, que agradeceu sua solidariedade e apoio.
Agradezco de todo corazón las palabras solidarias y apoyo del hermano@paulocoelho a la lucha pacífica de nuestro pueblo por recuperar la paz social con democracia y detener los delitos de lesa humanidad perpertados por el #GolpeDeEstadoEnBolivia https://t.co/uKtfJKzmKN
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) November 16, 2019
Agradeço de todo o coração ao irmão Paulo Coelho pelas suas palavras de solidariedade e apoio à luta pacífica do nosso povo pela recuperação da paz social com democracia e pelo fim dos crimes contra a humanidade cometidos pelo golpe de Estado na Bolívia
A situação da Bolívia se agravou drasticamente após o anúncio da vitória de Morales no primeiro turno das eleições da Bolívia e o não reconhecimento do resultado por parte da oposição, que classificou o pleito como fraude.
Em meio aos violentos protestos que tomaram conta do país, o ex-presidente boliviano anunciou a renúncia após a exigência das Forças Armadas da Bolívia. Os poderes presidenciais foram temporariamente transferidos para a segunda vice-presidente do Senado, da oposição, Jeanine Áñez.