De acordo com Jeanine Áñez, o governo está ciente da urgência de realização de novas eleições na Bolívia.
"Informamos que em breve daremos notícias sobre a convocação de eleições transparentes e a recuperação da credibilidade democrática de nosso país", disse ela.
Ao comentar a situação do ex-presidente Evo Morales, Jeanine Áñez afirmou que, em caso de retorno ao território boliviano, Morales terá que responder à Justiça.
"Se o presidente Morales [quer] voltar [à Bolívia], que volte, mas ele sabe também que terá que responder à Justiça. Vamos exigir que a justiça boliviana faça seu trabalho, não faça uma perseguição política, pois isso é o que viemos sofrendo nos últimos 14 anos, a judicialização da política ou a politização da justiça", declarou.
Evo Morales, por sua vez, acusou o governo interino de ter instalado uma ditadura no país.
"Em vez de pacificação, ordenam difamação e repressão contra os irmãos do campo que denunciam o golpe de estado. Após o massacre de 24 indígenas, eles agora preparam um Estado de Sítio. Seria a confirmação de que, pedindo democracia, eles instalaram uma ditadura", disse Morales.
A instabilidade política na Bolívia se instaurou há cerca de um mês após a oposição não reconhecer o anúncio da reeleição de Evo Morales nas eleições presidenciais. 23 pessoas morreram nas manifestações no país.