Como parte da estratégia para enfrentar as manifestações antigovernamentais, programadas para a próxima quinta-feira, a administração do presidente Iván Duque decidiu fechar todas as fronteiras terrestres e fluviais com territórios vizinhos, medida que ficará em vigor até o início da manhã de sexta-feira.
Colombia cerrará sus fronteras durante marchas del próximo 21 de noviembre. 👇🏼https://t.co/ChaDWEvb0B pic.twitter.com/hH4CDS3Lxm
— Migración Colombia (@MigracionCol) November 19, 2019
Colômbia fechará suas fronteiras durante as marchas do próximo 21 de novembro.
"A partir da meia-noite de hoje e até as 5h da manhã da próxima sexta-feira, 22 de novembro, todas as passagens fronteiriças terrestres e fluviais do país serão fechadas", informou o serviço de migração do Ministério das Relações Exteriores. "A medida, que será aplicada em 12 postos de controle de migração, é feita para garantir total normalidade no desenvolvimento das marchas que serão realizadas em diferentes regiões do país na quinta-feira, 21 de novembro."
Manifestantes devem tomar as ruas de Bogotá, Cartagena, Cali, Medellín, Bucaramanga e outras cidades, em uma greve geral organizada por sindicatos e grupos da sociedade civil contrários a um pacote de reformas neoliberais defendidas pelo governo. Mas há também quem participará da manifestação para protestar contra a corrupção, o acordo de paz firmado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), a violência contra indígenas e líderes sociais e a falta de recursos para a educação.
Maduro afirma que modelo neoliberal do FMI fracassou na América Latinahttps://t.co/bnIR9UhOrJ
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) October 31, 2019
Uma motivação extra envolvida nos protestos ficará por conta de uma recente notícia de que oito menores teriam sido assassinados por tropas do governo durante uma operação do Exército contra dissidentes das FARC em Caquetá, no final de agosto, caso que levou à renúncia do então ministro da Defesa, Guillermo Botero, acusado de ocultar o ocorrido.
A mobilização no país ocorre em meio a uma onda de manifestações que vêm se espalhando pela América Latina, por diferentes motivos. Ironicamente, na vizinha Venezuela, o presidente Nicolás Maduro chegou a acusar a liderança colombiana de estar por trás de ações para desestabilizar seu governo e promover uma mudança de poder em Caracas, o que acabou não ocorrendo.