No tweet, Morales citou os nomes de Carlos Mesa, ex-presidente da Bolívia, Luis Fernando Camacho, político boliviano tido como um dos principais impulsionadores dos protestos, e Jeanine Áñez, senadora que se declarou presidente interina da Bolívia.
Carlos de Mesa, cómplice del golpe junto a Camacho, intenta culparnos por las 24 muertes causadas por su "presidenta" autonombrada en 5 días. Fue él quién inició la convulsión al llamar a movilizaciones que incendiaron casas y tribunales electorales después de perder la elección
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) November 18, 2019
Carlos de Mesa, cúmplice do golpe com Camacho, tenta nos culpar pelas 24 mortes causadas por sua "presidenta" autoproclamada em cinco dias. Foi ele quem iniciou a convulsão ao instigar mobilizações que incendiaram casas e tribunais eleitorais depois de perder a eleição
Evo Morales não se calou e retrucou a publicação de um novo vídeo de Carlos Mesa, onde o ex-candidato à Presidência trata de responsabilizar Evo Morales pela violência que vive a Bolívia ultimamente. Além disso, Mesa sugere que o ex-líder da Bolívia "deixou vago o cargo no momento que aceitou o asilo político", no México, motivo pelo qual, de acordo com o político, "não é necessária uma reunião da Assembleia para considerar a renúncia [de Morales]".
El coautor del golpe que atentó contra nuestra vida, miente y dice que dejé vacante la presidencia. El asilo por político no es incompatible con el ejercicio del cargo. Mesa, Camacho y Áñez tienen miedo de que vuelva para pacificar el país porque quieren escarmentar al pueblo
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) November 18, 2019
O coautor do golpe que atentou contra nossa vida, mente e diz que deixei vaga a Presidência. O asilo político não é incompatível com o exercício do cargo. Mesa, Camacho e Áñez têm medo que eu volte para pacificar o país porque querem castigar o povo
Repressão na Bolívia
Neste domingo (17), Morales denunciou também que as "24 mortes em cinco dias" são "delitos de lesa humanidade que não devem passar impunes". Neste contexto, Evo Morales exigiu "ao governo interino de Áñez, Mesa e Camacho que identifique os autores intelectuais e materiais" destas mortes.
Em 15 de novembro, o ex-presidente pediu que as Forças Armadas e Polícia da Bolívia "parem o massacre" no país andino, após serem registradas cinco mortes durante a repressão de um protesto contra o governo interino.
Pedimos a las FFAA y a la Policía Boliviana que paren la masacre. El uniforme de las instituciones de la Patria no puede mancharse con la sangre de nuestro pueblo.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) November 15, 2019
Pedimos que as Forças Armadas e Polícia Boliviana parem o massacre. O uniforme das instituições da Pátria não pode ser manchado com o sangue do nosso povo
Evo Morales renunciou ao cargo em 10 de novembro por exigência das Forças Armadas da Bolívia, que enfrenta uma onda de grandes protestos e violência desde as contestadas eleições de 20 de outubro, vencidas por Morales, que já estava há 13 anos no poder.