A conversão foi feita pela Agência Espacial Europeia (ESA), que utilizou quatro naves espaciais orbitais da Terra, conhecidas como missão Cluster.
A magnetosfera, que é o campo magnético gerado pelo núcleo fundido da Terra, atua como um escudo que nos protege de sermos "cozinhados" pela radiação transportada pelos ventos solares.
Dessa forma, os cientistas capturaram o que soa quando essas partículas carregadas saltam do escudo da magnetosfera e colidem com as partículas que entram por trás delas, criando ondas magnetoacústicas.
Ondas da tempestade
Os ventos solares sopram depois que uma erupção magnética em grande escala ocorre na superfície do Sol. Já em condições normais e "calmas", a magnetosfera produz um sinal de baixa frequência.
No total, foram compiladas seis tempestades solares e, no processo, foi descoberto que as ondas de tempestade solar são muito mais complexas do que antes pensado.
O resultado foi uma sequência de sons do fenômeno, que muitos indicaram como sendo uma "música espacial" um pouco perturbadora.
"Nosso estudo revela que as tempestades solares modificam profundamente a região de previsão do choque […] É como se a tempestade estivesse mudando o ajuste da previsão do choque", disse a líder da equipe de pesquisadores, a física Lucile Turc, da Universidade de Helsinque (Finlândia).
As descobertas da equipe foram publicadas em um novo artigo na revista Geophysical Research Letters.