Durante seu discurso anual na Assembleia Consultativa da Arábia Saudita, o rei Salman cobrou mais uma vez da comunidade internacional uma atitude contra os programas de mísseis nucleares e balísticos de Teerã. O chefe de Estado acusou o país vizinho de provocar "caos e destruição" no Oriente Médio, informou Reuters.
A autoridade também garantiu que Arábia Saudita, na qualidade de maior exportador de petróleo do mundo visa promover a estabilidade do mercado.
"Embora o reino tenha sido vítima de ataque de 286 mísseis balísticos e 289 drones, de uma maneira que não foi vista em nenhum outro país, isso não afetou o processo de desenvolvimento do reino nem a vida de seus cidadãos e residentes", afirmou o rei perante a Assembleia, que contou com a presença de membros da realeza e de diplomatas estrangeiros.
A Arábia Saudita muçulmana, sunita, e o Irã, xiita, estão envolvidos em uma luta por influência em toda a região, apoiando lados opostos em conflitos na Síria e no Iêmen.
As tensões na região aumentaram com a saída dos EUA do acordo nuclear sobre o programa nuclear iraniano e o retorno das sanções norte-americanas contra Teerã.
Washington e Riad culpam Teerã pelos ataques contra navios petroleiros nas águas do Golfo e outras instalações sauditas. O Irã nega seu envolvimento.
Já no Iêmen, a Arábia Saudita lidera uma coalizão militar que enfrenta os houthis, alinhados ao Irã, em uma guerra de quase cinco anos e milhares de vítimas. O rei Salman afirmou que o reino busca uma solução política para o conflito.