"Quando se trata destes algarismos e números, somos uma aliança eficaz e temos exércitos eficazes, mas o nível de custos é muito mais elevado, refletindo apenas um nível de vida mais elevado", declarou Stoltenberg, durante uma coletiva de imprensa em Bruxelas, na terça-feira (20).
"Se compararmos os salários e custos entre os aliados da OTAN e da Rússia, é óbvio que os níveis de custos deles [da OTAN] são mais elevados. E, por isso, quando você compara estes orçamentos a preços de mercado e moedas comuns, você obtém as conclusões que está se referindo. Mas isso não reflete uma menor eficiência, e, sim, reflete, em grande medida, as diferenças nos níveis de custos", acrescentou o secretário-geral.
De acordo com Stoltenberg, a OTAN continuará "investindo tudo o que for necessário para garantir dissuasão e defesa credíveis".
No fim de outubro, o chefe da OTAN explicou que, embora a aliança já tivesse gastado mais de US$ 1 bilhão (R$ 4,1 bilhões) em defesa em 2018 e estivesse planejando gastar mais US$ 100 bilhões (R$ 419 bilhões) em 2020, a organização precisava "manter os esforços" para aumentar ainda mais os orçamentos, inclusive garantindo que todos os membros se comprometessem com a defesa em 2% ou mais do PIB.
Anteriormente, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que Moscou podia efetuar cortes em seu orçamento de defesa, uma vez que o seu próprio programa de modernização militar já tinha ultrapassado o pico de despesas necessárias.
Em outubro, Putin acentuou que, apesar de a Rússia estar gastando apenas US$ 48 bilhões (R$ 201 bilhões) com defesa e ocupar o sétimo lugar no mundo, Moscou dispõe de "capacidades militares incomparáveis" em uma série de áreas graças à "pesquisa centrada em áreas prioritárias" do complexo industrial militar russo.