"A nossa aliança tem de enfrentar a atual e potencial ameaça a longo prazo que o Partido Comunista da China representa", declarou Pompeo em coletiva de imprensa após a reunião de representantes dos países-membros da OTAN em Bruxelas, Bélgica.
Ainda segundo Pompeo, a razão desta ameaça estaria na diferença de valores e de crenças da OTAN e do Partido Comunista da China, de acordo com a fala do secretário publicada na página da Secretaria de Estado dos EUA.
"Não podemos ignorar as diferenças fundamentais e crenças entre nossos países e o Partido Comunista da China", afirmou a autoridade americana.
Rússia e Irã
Além da China, Mike Pompeo não escondeu críticas à Rússia e ao Irã, incentivando os membros da aliança a tomarem uma posição mais dura contra estes dois países e a China.
"Trinta anos mais tarde [depois do fim da Guerra Fria], estamos enfrentando ameaças de regimes autoritários, e novamente devemo-los enfrentar juntos. Rússia, China e Irã – seus sistemas de valores são bem diferentes do nosso. Eles vão em um caminho oposto [...] Temos a responsabilidade, o dever de os confrontar", acrescentou Pompeo.
Missão da aliança
Durante a coletiva, Pompeo relembrou os 70 anos da existência da aliança, criada no contexto da Guerra Fria, e os 30 anos da queda do Muro de Berlim.
Ultimamente, a essência e missão da aliança têm sido abordadas em declarações de diversos líderes mundiais. No último dia 7, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a OTAN estava passando por um momento de "morte cerebral".
Por sua vez, com seu discurso em Bruxelas, Pompeo declara ao mundo os "novos inimigos" da aliança, segundo a estratégia dos Estados Unidos, o que parece dar uma nova missão de longo prazo para a OTAN: "confrontar a Rússia, a China e o Irã".