Os comentários da vice-ministra Choe Son-hui, que é assessora próxima do líder norte-coreano Kim Jong-un e uma das principais negociadoras nucleares do Norte, foram os mais recentes esforços de Pyongyang para pressionar Washington por uma mudança de atitude em meio a negociações nucleares paralisadas.
"Os Estados Unidos teriam que assumir total responsabilidade se a oportunidade de diplomacia desaparecer na península coreana por não tomarem as medidas correspondentes", disse Choe a repórteres em Moscou depois de conhecer autoridades russas, segundo a reportagem da Yonhap.
A diplomata norte-coreana não detalhou as medidas correspondentes a que se referiu.
Choe havia dito na quarta-feira que outra cúpula entre o líder norte-coreano Kim Jong-un e o presidente dos EUA, Donald Trump, seria impossível até que a "política hostil" dos EUA em relação a Pyonyang fosse removida.
A Coreia do Norte também pediu o fim de exercícios militares conjuntos entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, bem como o levantamento de sanções internacionais impostas por seus testes de mísseis nucleares e balísticos, que interrompeu no final de 2017.
Choe pontuou que o Norte "deu tempo e tomou medidas para criar confiança", mas tudo o que recebeu em troca foi "um sentimento de traição".
Quando questionada sobre o representante especial dos EUA para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, que designou Choe como sua contraparte, ela respondeu dizendo que "os representantes das negociações são nomeados por cada país".