O preço da principal criptomoeda do mundo, o bitcoin, caiu 9%, atingindo US$ 6.929, sendo essa a pior cotação desde maio deste ano.
A filial de Xangai do Banco Central chinês lançou nova ofensiva contra a moeda, dizendo que irá investigar os casos "cada vez mais frequentes" de transações ilegais envolvendo as moedas virtuais, reportou a Reuters.
O Banco Central também alertou investidores, para que não confundissem a criptomoeda com a tecnologia blockchain.
O Banco Central da China se prepara para lançar a sua própria moeda virtual. No mês passado, o presidente Xi Jinping disse que a segunda economia do mundo deve acelerar o desenvolvimento da tecnologia blockchain.
Após as declarações, o preço do bitcoin subiu 40% em somente dois dias. Aparentemente, investidores acreditaram que, com o apoio ao blockchain e planos para lançar uma moeda própria, a China eventualmente acolheria o uso do bitcoin em sua economia.
Mas, desde o mês de outubro, o preço do bitcoin caiu quase um terço.
Jamie Farquhar, gerente de portfólio da investidora especializada em criptomoedas NKB Group, comentou as declarações do Banco Central chinês.
"É a constatação de que o otimismo em relação aos anúncios de Xi sobre blockchain era exagerado", disse Farquhar.
Para ele, não deve haver mais dúvidas sobre a postura da China em relação à criptomoeda: por enquanto, a adoção do blockchain não significa a aceitação do bitcoin.