Com o derramamento se movendo para o sul da costa, 300 gramas de óleo foram encontrados na areia de uma praia na cidade de São João da Barra, a cerca de 300 km ao norte do Rio de Janeiro, capital do turismo no Brasil.
As manchas de óleo começaram a aparecer no início de setembro e foram encontradas ao longo de um trecho de 2.000 km da costa atlântica brasileira.
"As amostras analisadas são compatíveis com o óleo encontrado na costa nordeste", disse a Marinha em um comunicado.
O vazamento, cuja escala ainda é desconhecida, começou a manchar praias no estado da Paraíba no final de agosto. Desde então, se espalhou dramaticamente e chegou ao estado do Espírito Santo, vizinho do Rio.
Trabalhadores e voluntários usando luvas de borracha estão correndo contra o tempo para limpar praias antes da alta temporada de turismo no país. Milhares de militares também foram enviados para ajudar a limpar o óleo que matou dezenas de animais, incluindo tartarugas.
As manchas também alcançaram um santuário de baleias no estado da Bahia, que possui parte da biodiversidade mais rica do país.
O derramamento de óleo registrado em 2019 é o terceiro grande desastre ambiental a atingir o Brasil este ano. Nos últimos meses, incêndios devastaram a Floresta Amazônica e, em janeiro, uma barragem desabou no sudeste, lançando milhões de toneladas de resíduos tóxicos no campo.
No início deste mês, o governo nomeou um navio-tanque de bandeira grega como o "principal suspeito" por ser a fonte das manchas de petróleo. A embarcação Bouboulina pegou petróleo na Venezuela e seguiu para Singapura, informou o jornal.
Já os operadores do navio negaram a culpa pelo incidente, e desde então o governo brasileiro já lançou suspeitas sobre outras embarcações.