Para isso foi utilizado um método diferente dos telescópios convencionais, que priorizam a luz. Para tornar isso possível, a captação da entidade foi realizada através de sinais de rádios emitidos pelas estrelas, conforme o portal Phys.org.
A Dr.ª Natasha Hurley-Walker do ICRAR divulgou uma imagem obtida pelo telescópio Murchison Widefield Array (MWA) mostrando exatamente como veríamos nossa galáxia se pudéssemos ver as ondas de rádio.
"Essa nova visão captura emissões de rádio de baixa frequência da nossa galáxia, revelando tanto detalhes quanto estruturas maiores. Nossas imagens mostram exatamente o meio da Via Láctea, em direção a uma região que os astrônomos chamam de centro galáctico", afirmou a Dr.ª Natasha Hurley-Walker.
A ampla faixa de frequências permite a separação de diferentes objetos sobrepostos enquanto os cientistas podem observar a complexidade do centro galáctico.
"Objetos diferentes têm 'cores de rádio' diferentes, e podemos usá-las para descobrir que tipo de física está em jogo", explicou.
A imagem mostra o centro da nossa galáxia com registros de restos de 27 supernovas até então desconhecidas, além de exibir o buraco negro Sagitário A, que está localizado no centro da Via Láctea.
De acordo com o ICRAR, essas estrelas teriam sido oito ou mais vezes maiores que o nosso Sol antes da destruição delas, milhares de anos atrás.
A pesquisa GaLactic and Extragalactic All-sky MWA (GLEAM) mapeia o céu utilizando ondas de rádio nas frequências 72 e 231 MHz, em uma medida angular de dois minutos de arco, equivalente à resolução do olho humano.