A destruição total dos estoques mundiais de armas químicas declarados está muito próxima, disse na segunda-feira (25) Fernando Arias, diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), durante a abertura da 24ª sessão da Conferência dos Estados Partes em Haia, Países Baixos, informa agência RIA Novosti
"Ao longo do último ano, o Secretariado aplicou esforços adicionais para garantir o cumprimento da CSAQ (Convenção sobre Armas Químicas) em tempos de grandes dificuldades. A destruição total das reservas químicas declaradas, o objetivo-chave da CSAQ, está muito próxima. No entanto, surgem sérios desafios para o funcionamento das normas da convenção, tais como o uso de armas químicas no Iraque, Malásia, Síria e Reino Unido", disse ele na abertura da sessão.
De acordo com Arias, "espera-se que a OPAQ proíba decididamente o reaparecimento das armas químicas".
"Milhares de toneladas de produtos químicos tóxicos são produzidos, transportados e consumidos em todo o mundo exclusivamente para fins legítimos, e essas atividades legítimas são monitoradas pelo Secretariado [da OPAQ] no âmbito de um rigoroso regime de inspeção industrial. Apesar disso, enquanto a reaparecimento ou utilização de armas químicas for uma realidade, existe o risco de alguns volumes destes produtos poderem resultar em grandes danos se houver má intenção", salientou o diretor da OPAQ.
Ele acrescentou que "a comunidade internacional deve garantir que nenhum país permaneça fora da CSAQ".
Detalhes do progresso
Falando sobre a destruição de armas químicas, Arias observou que "em 31 de outubro de 2019, um total de 68,6 mil toneladas, ou 97,3% das armas químicas de categoria 1 declaradas, foram destruídas sob verificação do Secretariado da organização". Estes números incluem "a destruição pelos EUA de 25,9 mil toneladas, ou 93,3% de suas armas químicas declaradas de Categoria 1".
A 24ª sessão dos Estados partes da OPAQ, em Haia, decorrerá até 29 de novembro.
Oleg Ryazantsev, vice-ministro da Indústria e Comércio, é o chefe da delegação russa durante a sessão. A delegação inclui também o embaixador da Federação da Rússia nos Países Baixos, Alexander Shulgin, o chefe do Centro de Pesquisa Analítica sobre Convenções de Proibição de Armas Químicas e Biológicas do Ministério da Indústria e Comércio da Federação da Rússia, Viktor Kholstov, e outros.