Com o tema "Integração em larga escala da geração de energia eólica", a programação desta edição foca no potencial energético brasileiro a partir dos ventos e sua integração com outras matrizes, como a hidrelétrica.
Em entrevista à Sputnik Brasil, Elbia Gannoum, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), disse que o potencial de geração de energia eólica no Brasil é praticamente infinito.
"A gente tem um potencial técnico de energia eólica Onshore praticamente infinito. Os últimos estudos que foram feitos apresentam um potencial eólico de 800 gigawatt (GW). Este número é 4,5 vezes a potência instalada no Brasil somando todas as fontes", disse.
Atualmente, a geração de energia eólica no Brasil fica apenas atrás da energia hidrelétrica e ocupa o segundo lugar na matriz elétrica do país.
"O Brasil tem uma concentração muito forte de hidrelétrica, 65% da capacidade instalada é de hidrelétrica e 9,3% vem da fonte eólica", explicou Elbia Gannoum.
Segundo a presidente executiva da ABEEólica, o crescimento do uso de energia eólica no Brasil depende de um crescimento da economia brasileira.
"O crescimento da energia eólica no Brasil está relacionado com o crescimento da economia brasileira, a eólica tem um potencial de crescimento muito grande no Brasil, porém ela só vai crescer mais se a economia brasileira crescer", disse Elbia Gannoum.
Segundo o Relatório Anual do Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Council - GWEC), o Brasil atualmente está em oitavo lugar no ranking dos países com as maiores matrizes eólicas.
Segundo projeções feitas por Elbia Gannoum é possível que o Brasil suba de posições e termine 2019 ocupando o sétimo lugar no ranking.