Meios de informação cubanos divulgaram a carta aberta dirigida ao Parlamento Europeu por Norma Goicochea, embaixadora de Cuba na Bélgica, Luxemburgo e União Europeia, desmentindo a campanha levada a cabo por Washington para apresentar uma pessoa acusada de crimes comuns como um perseguido político e um suposto caso de violação dos direitos humanos na ilha caribenha.
No nos amedrentan las amenazas de los EEUU, son parte de la política injerencista contra #Cuba. Es deplorable que instigue a sus diplomáticos a violar el Derecho Internacional y las propias leyes de #EEUU. #Cuba no renunciará a su soberanía e independencia. #SomosCuba pic.twitter.com/Wd4GFfnXCk
— Miguel Díaz-Canel Bermúdez (@DiazCanelB) November 26, 2019
"Não nos intimidam as ameaças dos Estados Unidos, são parte da política de ingerência contra Cuba. É lamentável que [eles] instiguem seus diplomatas a violar o direito internacional e as próprias leis dos EUA. Cuba não renunciará à sua soberania e independência", afirmou o presidente cubano através da sua conta no Twitter.
Nesta quinta-feira (28) será debatida e votada no Parlamento Europeu uma resolução de urgência sobre a situação de José Daniel Ferrer, dirigente da organização opositora ilegal União Patriótica de Cuba (UNPACU) e a quem o governo cubano acusa de ser um "agente assalariado ao serviço dos Estados Unidos", à espera de julgamento por um crime comum.
Ferrer foi detido pela polícia no dia 1º de outubro em resposta a uma denúncia apresentada por um cidadão cubano, que acusa a ele e a outros três indivíduos "de tê-lo sequestrado durante toda a noite e tê-lo espancado severamente, deixando em condições de internamento hospitalar".
A embaixadora Goicochea denunciou ainda a evidente ingerência dos EUA e da sua embaixada em Havana, "orientando, instigando e financiando o comportamento violento e desestabilizador de Ferrer, a quem pretendem fabricar uma imagem de opositor perseguido e maltratado".