'Piada fofa de Trump': Assad sobre agradecimento dos EUA à Síria após operação antiterrorista

© Sputnik / Mikhail Voskresensky Presidente da Síria, Bashar Assad, durante reunião com comissão russa em Damasco (foto de arquivo).
Presidente da Síria, Bashar Assad, durante reunião com comissão russa em Damasco (foto de arquivo). - Sputnik Brasil
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Em entrevista à mídia francesa, o presidente da Síria, Bashar Assad, fala sobre o acordo com os curdos, a Rússia, o Irã e a operação dos EUA em que teria sido assassinado o líder terrorista al-Baghdadi. Saiba a opinião do líder sírio sobre as "piadas fofas de Trump".

O presidente da Síria, Bashar Assad, concedeu uma entrevista à revista Paris Match, em Damasco, e comentou a situação atual do conflito que dura há mais de oito anos.

Um dos temas levantados foi a operação dos EUA em que foi assassinado o líder do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e demais países), em outubro deste ano.

Quando perguntado sobre a razão pela qual, durante o anúncio do assassinato, o presidente Donald Trump agradeceu a Síria pela "compreensão e apoio" na operação, Assad riu:

"É mais uma das piadas fofas de Trump. É uma piada", respondeu.

O presidente sírio expressou dúvidas acerca da veracidade da operação contra Abu Bakr al-Baghdadi, perguntando se essa "peça fantástica encenada pelos norte-americanos" teria de fato ocorrido:

"Eu sempre dou risada quando levantam essa questão, porque a questão mais importante é: al-Baghdadi foi assassinado ou não?", questionou.

O conflito sírio, que teve início em 2001, fez milhares de vítimas fatais, devastou a economia do país, que perdeu parte do seu território e tem mais de metade da sua população como refugiados no estrangeiro ou deslocada internamente.

© AP Photo / Maya AlleruzzoPequeno fluxo de habitantes retorna à cidade síria de Raqqa, que tenta se reestabelecer, em setembro de 2019
'Piada fofa de Trump': Assad sobre agradecimento dos EUA à Síria após operação antiterrorista - Sputnik Brasil
Pequeno fluxo de habitantes retorna à cidade síria de Raqqa, que tenta se reestabelecer, em setembro de 2019

O apoio da Rússia e do Irã teria sido fundamental para que Assad não perdesse a guerra.

"Estamos lutando contra os mais ricos e poderosos países do mundo. Logicamente, não há dúvida de que o apoio de nossos amigos reduziu as baixas e nos ajudou a retomar territórios", reconheceu Assad.

O presidente se esquivou, no entanto, de fazer prognósticos ou considerar o que teria sido da Síria, caso a Rússia e o Irã não tivessem lutado ao seu lado.

"Se é difícil prever o resultado de uma partida de tênis envolvendo dois jogadores, imagine prever os resultados de uma guerra com dezenas de jogadores e centenas de milhares de combatentes", concluiu.

A intervenção da Rússia na guerra na Síria teve início após um pedido formal do governo de Damasco, em setembro de 2015.

© Ministério da Defesa da RússiaEspecialistas russos em desminagem trabalham em Palmira
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Especialistas russos em desminagem trabalham em Palmira

De acordo com as autoridades russas, as operações têm o objetivo de combater grupos terroristas, inclusive o Daesh, e garantir a soberania síria sobre seu território.

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