A recém-empossada ministra das Relações Exteriores, Karen Longaric, fez o anúncio em uma reunião com repórteres estrangeiros. Longaric não apontou data para que as relações bilaterais com Israel sejam restabelecidas nem deu mais detalhes.
Evo Morales renunciou à Presidência sob pressão das Forças Armadas em 10 de novembro e logo após se exilou no México devido às ameaças de vida e de prisão impostas em meio a protestos violentos nas ruas da Bolívia. Logo após sua ida ao México, a senadora Jeanine Añez se autoproclamou presidente do país em um sessão polêmica no Senado.
Añez assumiu o cargo sob a promessa de convocar novas eleições em breve, mas antes disso fez mudanças no gabinete do país e na política externa boliviana. Desde então, ao menos 32 pessoas foram mortas em meio aos protestos que acusam o novo governo de golpista.
Morales interrompeu as relações com Israel em dezembro de 2008, após uma ofensiva israelense em Gaza, na qual centenas de palestinos foram mortos. Morales também classificou Israel como "nação terrorista" e cancelou um acordo pelo qual israelenses poderiam visitar a Bolívia sem visto.
"Foi uma medida política que não teve efeito colateral, como questões econômicas e comerciais", disse Longaric, acrescentando que restaurar esses laços seria bom para a indústria do turismo boliviano.
A Bolívia reconhece o Estado palestino desde a década de 1980.