A operadora Cotas, líder de mercado na Bolívia, não informou o motivo da decisão, tomada pelo seu conselho diretor. Conforme informou o site do canal de televisão RT, a emissão será cortada a partir do dia 2 de dezembro:
"A decisão foi tomada pela administração da empresa, fomos simplesmente instruídos a parar de transmitir o canal", disse a emissora à Sputnik.
O vice-presidente deposto da Bolívia, Álvaro Garcia Linera, comentou a decisão:
'Não há nem liberdade de expressão, nem liberdade de imprensa, não podemos expressar nossas opiniões [na Bolívia]", declarou Linera.
Restrição à liberdade de imprensa
O canal russo RT tem enfrentado bloqueios em diversos países. Em abril do ano passado, a emissão do RT foi retirada do pacote de TV por cabo da capital americana, Washington D.C.
Apesar de a empresa responsável, a MHz Networks, dizer que o bloqueio ocorreu devido a uma "mudança tecnológica", a editora-chefe da emissora, Margarita Simonyan, acredita que a decisão decorreu da classificação do RT como "agente estrangeiro" nos EUA.
Mais recentemente, em novembro, o RT foi bloqueado no Equador, sem aviso prévio nem esclarecimentos em relação ao motivo.
De acordo com o ex-presidente do Equador, Rafael Correa, que tem um programa de entrevistas no canal ("Conversando com Correa"), o bloqueio configura censura e mostra a falta de compromisso do atual governo do país com a liberdade de imprensa.