Os cientistas sequenciaram o genoma de vermes, conhecidos como vermes-do-diabo por sua capacidade de sobreviver em condições adversas debaixo da Terra.
Agora, o objetivo dos cientistas é descobrir como as condições de vida desses vermes poderiam contribuir na busca de vida extraterrestre.
Geneticists Decode Genome of 'Devil Worm'
— unCached (@unCachedTech) November 25, 2019
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Geneticistas decodificam genoma do "verme-do-diabo". Onde você aprende sobre resistência ao calor? Então, bem nos poços de fogo!
Esses vermes foram descobertos em 2008 nas profundezas de um aquífero. Ao decifrar o genoma desses animais, os cientistas descobriram que eles oferecem pistas sobre como um organismo se adapta às condições ambientais letais.
Também foi constatado que a espécie é um animal complexo e multicelular que prospera em um ambiente habitável apenas para os micróbios, ou seja, um ambiente quente, com pouco oxigênio e grandes quantidades de metano.
Devido às características citadas acima, a espécie foi chamada de Halicephalobus mephisto, em referência a Mefistófeles, um demônio subterrâneo da lenda alemã, Fausto.
"Este trabalho implicou a busca de bioassinaturas de vida: pistas químicas estáveis deixadas pelos seres vivos. Às vezes, o subsolo terrestre foi considerado inabitável para vida complexa [...] este trabalho poderia nos impulsionar a ampliar a busca de vida extraterrestre nas regiões subterrâneas que hoje são 'inabitáveis'", explicou John Bracht, professor de biologia da American University.
Segundo Bracht, "o genoma do verme-do-diabo fornece evidência de como pode haver vida debaixo da superfície da Terra", isso porque, o genoma codifica uma grande quantidade de proteínas de choque térmico conhecidas como Hsp70, que restaura a saúde celular devido ao dano pelo calor. Além disso, o genoma também tem genes de sobrevivência celular em plantas e animais.