Lorenzoni acredita que as relações bilaterais contam com um "amplo portfólio de oportunidades", citando os setores de óleo e gás, infraestrutura e geração de energia.
"Neste primeiro ano [de governo], o novo Brasil se apresenta, e convida a Rússia para caminhar junto", disse o ministro.
O seminário tem o intuito de "justamente aproximar [os países] o máximo possível e abrir espaços para que Brasil e Rússia possam fazer mais negócios", declarou para a Sputnik.
O ministro destacou o setor nuclear, afirmando que a Rússia poderá participar da "futura privatização que vamos fazer da [usina nuclear] Angra 3" e demais projetos do portfólio de parcerias público-privadas (PPI).
"Aí pode haver um casamento e bom interesse em desenvolver pesquisas", destacou o ministro.
A Rússia poderá ter papel relevante não só na mineração de urânio no Brasil, mas também na pesquisa e prospecção. O Brasil detém a sétima maior reserva de urânio do mundo, com somente 25% do território prospectado.
Ministro @onyxlorenzoni apresenta o seminário "Oportunidades de Investimentos no Brasil", em Moscou.
— Casa Civil (@casacivilbr) November 28, 2019
A carteira do @ppinvestimentos atraiu o interesse de investidores russos.
A atuação do pres @jairbolsonaro tem fortelecido a parceria com a #Russia.
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Lorenzoni manifestou ainda interesse na parceria para desenvolver medicamentos e cosméticos que utilizem ingredientes amazônicos, a fim de desenvolver a biodiversidade da floresta.
Por fim, não excluiu do rol de oportunidades o comércio de trigo. Em 2018, Rússia foi a líder mundial de exportação de trigo, atingindo volume recorde de 52,4 milhões de toneladas em vendas.
O Brasil importa cerca de 11 milhões de toneladas de trigo anualmente, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip). O principal país fornecedor do Brasil é a Argentina, parceira do Mercosul.