O presidente russo Vladimir Putin e o líder chinês Xi Jiping devem inaugurar o novo gasoduto Sila Sibiri (Poder da Sibéria) nesta segunda-feira (2). A cerimônia de inauguração será transmitida ao vivo.
Como tudo começou
A gigante russa de energia Gazprom concordou com a construção há quase vinte anos atrás.
Em 2012, o presidente russo autorizou o diretor da Gazprom, Aleksei Miller, a começar a construção assim que possível.
O projeto começou, mas foi desacelerado devido à diferença de preços de venda do gás antes da assinatura final do acordo, em maio de 2014, entre a Gazprom e a Corporação Chinesa Nacional de Petróleo. O acordo estabeleceu a criação de um grande sistema de gasodutos que forneceria gás para o nordeste da China.
Como bônus, o gasoduto também possui a capacidade de fornecer 10 mil metros cúbicos de gás a mais para o mercado doméstico russo na parte mais oriental do país.
O combustível começou a circular pela rede do gasoduto no final de outubro deste ano. A companhia espera que o sistema acrescente 38 bilhões de metros cúbicos para a capacidade de exportação até 2025.
O contrato de 30 anos entre a Rússia e China, firmado em 2014, é estimado em 400 bilhões de dólares (1,7 trilhões de reais).
Os custos do projeto incluem um investimento equivalente a cerca de 12 bilhões de dólares (51 bilhões de reais) na construção do próprio gasoduto, e mais 6,7 bilhões de dólares (28 bilhões de reais) de investimento na produção de gás.
No começo deste ano, a companhia russa anunciou ambiciosos planos de garantir um quarto das importações chineses de gás até 2035, explorando o aumento da demanda do país asiático por fontes de energia mais limpas.
A Rússia esperar fornecer 4,6 bilhões de metros cúbicos até 2020, e em 2025, o total de 38 bilhões de metros cúbicos.
O gasoduto Sila Sibiri é o maior do tipo na parte oriental da Rússia, enquanto a parte ocidental foi designada Sila Sibiri-2.