As medidas são uma resposta à nova legislação norte-americana, aprovada na semana passada, que apoia aos protestos em Hong Kong e ameaça a China com sanções econômicas.
"Conclamamos os EUA a corrigirem os seus erros e a deixarem de interferir em nossos assuntos internos. Se necessário, a China tomará medidas adicionais para garantir a estabilidade [...] de Hong Kong e a soberania da China", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying.
Há temor de que o impasse em relação a Hong Kong possa dificultar os esforços para acabar com a guerra comercial entre Washington e Pequim, reportou a Reuters.
Os navios de guerra norte-americanos visitam Hong Kong frequentemente, em uma tradição anterior à transferência da soberania do território da Grã-Bretanha para a China, em 1997. Pequim permitiu que a tradição se mantivesse.
"Temos um longo histórico de visitas ao porto de Hong Kong", disse uma fonte do Departamento de Estados dos EUA. "Esperamos que isso continue", concluiu.
O porta-voz do Pentágono, tenente-coronel Dave Eastburn, disse que as visitas fazem parte de programa para "dar liberdade para os nossos marinheiros e expandir laços interpessoais com nossos anfitriões".
Sanções a ONGs norte-americanas
Pequim impôs sanções a diversas organizações não governamentais (ONGs) sediadas nos Estados Unidos, alegando haver evidências de que as mesmas estariam apoiando os protestos contra o governo e instigando manifestantes a cometerem atos de violência extrema em Hong Kong.
"[Essas ONGs devem] se responsabilizar pelo caos em Hong Kong, devem ser sancionadas e pagar o preço", disse Hua.
As entidades sancionadas são o Instituto Nacional Democrático para Assuntos Internacionais, o Instituto Republicano Internacional, a Human Rights Watch, a Freedom House e o Fundo Nacional para a Democracia (NED, na sigla em inglês).