Na terça-feira (3), foi aprovada em votação uma resolução que conclama Israel a abandonar Golã, insistindo que as nações não podem adquirir território por conquista - um princípio central do direito internacional.
"A contínua ocupação das colinas sírias de Golã e sua anexação de fato constituem um obstáculo para alcançar uma paz justa, completa e duradoura na região", disse a resolução, exigindo que "Israel se retire de todas as colinas sírias de Golã ocupadas".
A Assembleia Geral também aprovou na terça-feira outras quatro medidas simbólicas relacionadas a Israel, uma delas exigindo "respeito e a preservação" dos territórios palestinos ocupados (incluindo a Cisjordânia e Jerusalém Oriental) e reafirmando a "ilegalidade das atividades dos assentamentos israelenses". As demais resoluções reconheceram o trabalho dos departamentos da ONU dedicados às questões palestinas.
Apesar de as medidas aprovadas pela Assembleia Geral terem um valor simbólico, elas podem incentivar a crescente oposição internacional à ocupação e ao projeto de colonização de Israel ao longo da última década.
Soberania israelense sobre Golã
A posição crítica surge meses depois que o presidente norte-americano Donald Trump reconheceu a soberania israelense sobre as Colinas de Golã, contrariando uma série de resoluções anteriores da ONU.
Recentemente, Washington também aprovou os assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada, que também foram alvo de resoluções anteriores da ONU.
Em 1967, Israel capturou o monte Sinai e a Faixa de Gaza durante uma guerra contra o Egito. Dessa forma, Tel Aviv anexou a Cisjordânia da Jordânia, apreendeu as Colinas de Golã da Síria e ocupou Jerusalém Oriental. Até hoje, Israel tem apenas o controle adquirido do Sinai e continua ocupando os demais territórios.