A possibilidade estaria aberta caso o Brasil aceite utilizar a tecnologia 5G da China, que vem sendo alvo de campanha negativa dos norte-americanos mundo afora. A ameaça teria ocorrido dias após o encontro dos BRICS no Brasil, realizado em novembro.
A informação foi publicada pela jornalista Debora Álvares no site Huffpost Brasil, apontando que a diplomacia dos EUA ameaçou de forma informal o cancelamento do acordo caso a a tecnologia 5G chinesa seja implementada pelo Brasil.
Ainda segundo o site, o diplomacia brasileira não havia levado a sério a ameaça até a segunda-feira (2), quando o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou reimpor taxas sobre o aço e o alumínio do Brasil. Com isso, a chancelaria do Brasil estaria agora buscando soluções para o impasse.
O leilão que irá definir a tecnologia utilizada no Brasil está previsto para ser realizado no segundo semestre de 2020.
O coordenador do grupo de trabalho de implementação do acordo, o brigadeiro Rogério Veríssimo, negou a possibilidade de suspensão do acordo devido ao 5G chinês em entrevista ao site Huffpost Brasil.
Aprovado em 12 de novembro no Senado Federal, o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) para uso da base de Alcântara, no Maranhão, permite que os EUA utilizem a base para lançamento de satélites e foguetes via pagamento de "aluguel".