"Nem nos velhos tempos da União Soviética, esta foi uma ameaça para a OTAN. Surgiram guerras contra o Vietnã, a Coreia, tentaram derrubar o governo revolucionário de Cuba, mas não houve nenhuma guerra contra a Rússia na Europa durante a Guerra Fria", salientou.
O veterano ativista político, de origem paquistanesa, denunciou a "enorme provocação" que constitui para Moscou "os avanços da Aliança no Leste da Europa” e a "incessante interferência para mudar o governo em Kiev e integrar a Ucrânia na OTAN".
"Hoje, a OTAN é uma organização completamente ofensiva", denunciou. "Devemos nos mobilizar e formar uma frente unida o mais ampla possível", acrescentou o intelectual, comentando a reunião cimeira da Aliança que decorre em Londres.
"É importante destacar que esta cúpula ocorre em um momento de crise interna na organização, com divisão de opiniões sobre a Síria, a Turquia e com o mal estar do unilateralismo norte-americano", disse Tarik Ali.
© AFP 2023 / Murat Cetinmuhurdar/Turkish Presidental Press Service Sessão plenária da cúpula da OTAN no Reino Unido
Sessão plenária da cúpula da OTAN no Reino Unido
© AFP 2023 / Murat Cetinmuhurdar/Turkish Presidental Press Service
Os 29 membros da OTAN conseguiram alcançar um consenso em uma reunião de três horas que Jens Stoltenberg, secretário-geral da organização, descreveu como "construtiva, produtiva e com bom ambiente".