Em Madri, Espanha, para participar da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 25, Salles conversou com a Sky News.
"Não é bom apontar o dedo para os países ou dizer ao Brasil que você está se saindo mal, já que outros países estavam se saindo mal no passado", disse o ministro. "Em termos de obrigação moral, acreditamos que os países ricos são ricos porque destruíram o meio ambiente e também destruíram o meio ambiente por causa dos processos industriais, eles têm essa obrigação moral de apoiar os países em desenvolvimento."
Salles já afirmou que pretende coletar recursos estrangeiros para a preservação ambiental durante a cúpula climática. No Twitter, o ministro afirmou buscar em Madri "o recebimento dos recursos prometidos".
Vai começar a COP 25 ... delegação brasileira a postos para defender os nossos interesses e buscar o recebimento dos recursos prometidos.... pic.twitter.com/f5z18dFQ46
— Ricardo Salles MMA (@rsallesmma) 2 de dezembro de 2019
Também na entrevista a Sky News, Salles afirmou que "a pobreza é o maior inimigo de medidas ambientais e da preservação".
O Brasil era um dos candidatos a receber a COP 25, que agora acontece em Madri, mas retirou sua candidatura alegando restrições orçamentárias.
A repercussão internacional do aumento dos incêndios na Amazônia fez com que o presidente francês, Emmanuel Macron, colocasse em xeque o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul. O fundo de investimento Nordea Asset Management, que controla R$ 933 bilhões, também decidiu colocar em quarentena os investimentos no Brasil por conta de riscos econômicos e ambientais criados pelos incêndios amazônicos.