Este sistema de mísseis russo, que tem enervado os americanos, deverá ser posto em serviço pelas Forças Armadas russas até o fim deste ano.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que, no fim de novembro, apresentou o armamento aos inspetores "para ajudar a garantir a viabilidade e eficácia do Tratado START.
"Esta iniciativa de Moscou, na minha opinião, teve por objetivo aumentar o interesse dos EUA na extensão do Tratado START, porque sem este acordo as partes não serão capazes de monitorar os arsenais nucleares uma da outra, incluindo os complexos Avangard", disse o professor honorário da Universidade de Columbia (Nova York) Robert Legvold em Genebra, à margem da reunião do Fórum de Luxemburgo.
Prorrogação do tratado
Na opinião do especialista, o sucesso da iniciativa ainda é incerto.
"Duvido. Não creio que os americanos digam: 'Ah, esta é uma boa razão para manter o acordo. Estou pessimista quanto à perspectiva de estender o START III, apesar de os principais oponentes - John Bolton e alguns de seus colegas - já terem sido demitidos da administração'", complementou o professor.
Segundo Legvold, o fator político interno americano desempenha um papel cada vez mais importante nesta questão, neste caso as eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos, em que definitivamente os opositores de Trump do Partido Democrata são a favor da prorrogação do tratado.
O Fórum Internacional do Luxemburgo para a Prevenção de Catástrofes Nucleares é uma das principais organizações não governamentais internacionais que estudam a esfera da segurança nuclear. Reúne especialista renomados da Rússia, EUA, Reino Unido e de outros países, incluindo antigos ministros.