Caso consiga fechar o acordo de aproximadamente US$ 15 bilhões (R$ 63 bilhões), a Saab quer o controle sobre a fábrica local, já que o governo indiano exige que pelo menos 85% das aeronaves sejam fabricadas no país em parceria com empresas indianas.
"Se uma empresa precisa assumir a responsabilidade pela qualidade, tempo, custo e capacidade exigida pela Índia, então eu quero ter algum controle sobre isso", afirmou o presidente da Saab, Micael Johansson, segundo o portal Bloomberg.
Os concorrentes dos Gripen da sueca Saab são os F/A-18A da Boeing, os F-21 da Lockheed Martin, para além dos Eurofighter Typhoon e dos Rafale da Dassault Aviation.
"Nós apenas precisamos encontrar um mecanismo e tipo de equilíbrio entre investir e ter algum tipo de controle, e não sermos responsáveis por coisas que não podemos controlar no mercado indiano", afirmou Johansson.
A Índia permite até 49% do investimento direto estrangeiro em defesa, podendo essa percentagem aumentar caso a empresa forneça "acesso à tecnologia moderna".
A Saab havia fechado um acordo de 36 caças Gripen para o Brasil em 2013, e está disputando o fornecimento de 64 caças à Finlândia, além da licitação canadense de 88 aeronaves. Além disso, a empresa sueca está analisando um fornecimento à Croácia.
Caso a Saab vença a disputa pelo fornecimento na Índia, a primeira aeronave deverá ser entregue dentro de três anos, após o contrato.