"[A presença militar] ficará relativamente estável ao redor deste número. Mas se virmos coisas acontecendo... posso aumentar um pouco", disse o secretário após conferência da OTAN.
Esper não excluiu a possibilidade de reduzir o contingente norte-americano ainda mais, caso aliados da OTAN contribuam com a operação na Síria:
"A coalisão está discutindo bastante novamente. Poderemos ver alguns aliados oferecendo tropas", disse o secretário à Reuters.
"Se algum país aliado, membro da OTAN, decidir nos dar 50 pessoas, eu posso tirar 50 pessoas [da Síria]", explicou.
Durante conferência da OTAN, encerrada nesta quarta-feira (4), no Reino Unido, o presidente dos EUA, Donald Trump, reiterou o seu compromisso de defender as reservas de petróleo sírias.
"Ficamos com o petróleo. Era o petróleo que abastecia o ISIS [Daesh, organização terrorista proibida na Síria]", declarou Trump.
As Forças Armadas dos EUA justificam a manutenção de tropas na Síria citando a necessidade de prevenir nova ascensão do Daesh.
Turquia deve manter S-400
Washington vem exercendo pressão na Turquia para que esta desista dos sistemas de defesa antiaéreos S-400 que comprou da Rússia.
"Neste momento, não há ação nesse sentido", disse Esper, reconhecendo que a Turquia não toma medidas para desistir do S-400.
No entanto, o secretário notou melhora nas relações com a Turquia durante a conferência da OTAN.
A Turquia retirou a sua ameaça de vetar novos planos da OTAN para Polônia e países bálticos, caso a aliança não reconhecesse a milícia curda Unidade de Proteção Popular (YPG) como "organização terrorista".
"Eu acho que esse foi um passo adiante positivo", disse. "[Ancara] tem sido uma parte valiosa da OTAN por décadas, desde o início. Então temos que mantê-la incluída."
O Pentágono alega que o sistema S-400 é incompatível com a defesa aérea da OTAN e ameaça os caças furtivos norte-americanos F-35.
Em julho, os EUA retiraram a Turquia do programa do caça F-35 e repetidamente ameaçaram Ancara com sanções econômicas.