"A cruzada dos Estados Unidos contra a cooperação médica internacional é um ato infame e criminoso contra os povos necessitados de assistência médica, que não poderão contar com o apoio solidário dos 29 mil profissionais de saúde cubanos, que, com enorme sacrifício e compreensão de seus familiares, oferecem serviços atualmente a 65 nações", segundo declaração divulgada no site da chancelaria cubana.
O texto denuncia ações empreendidas pelos Estados Unidos, que englobam "uma campanha contra a colaboração médica oferecida pela Cuba e combinada com a ameaça de sanções a políticos cubanos e pressões contra os Estados que precisam [da assistência médica]", denuncia o texto.
Washington acusa Cuba de uma suposta "escravidão moderna" dos médicos que integram o programa, o que Havana considera uma "alegada ingerência dos EUA nos assuntos internos de países", onde trabalham os médicos cubanos.
Segundo a declaração, a perseguição norte-americana começou pela América Latina e forçou a interrupção dos programas de cooperação cubanos no Brasil, Equador e Bolívia.
Além disso, o governo cubano aponta que estas ações têm o propósito de "sabotar os acordos bilaterais assinados com estes [países], privando-os dos serviços e dos recursos humanos altamente qualificados".
A chancelaria cubana considera ser "imoral e inaceitável que sejam questionados a dignidade, o profissionalismo e o altruísmo dos mais de 400 mil colaboradores cubanos que, em 56 anos, cumpriram missões em 164 nações".
As Brigadas Médicas cubanas estiverem presentes na luta contra o ebola na África, a cegueira na América Latina e Caribe, a cólera no Haiti e a participação do Contingente Internacional de Médicos Especializados em Desastres e Grandes Epidemias Henry Reeve no Paquistão, Indonésia, México, Equador, Peru, Chile, Venezuela, entre outros.