Um grupo envolvendo britânicos, suíços, franceses e a inteligência dos EUA está procurando uma lista de aproximadamente 15 pessoas que foram supostamente acusadas de espionagem na Europa entre 2014 e 2018.
De acordo com a investigação, essas pessoas teriam passado através de regiões notáveis, onde teriam comido, dormido e comprado produtos.
O jornal Le Monde ressaltou que não foram encontrados nenhum tipo de material ou armas deixados pelos supostos espiões, entretanto, isso não impediu que um alto funcionário da inteligência francesa especulasse "a hipótese de considerá-los uma base para operações clandestinas executadas pela unidade 29155 na Europa".
Falta de evidências
A investigação, entretanto, está longe de ser a única a caçar "espiões russos", reais ou fictícios.
Segundo o Le Monde, a investigação ocorreu após o suposto envenenamento de Sergei Skripal e sua filha Yulia no ano passado.
Na época, as autoridades britânicas nomearam dois russos como supostos espiões, depois de serem acusados autores do ataque contra agentes da GRU (Departamento Central de Inteligência da Rússia), mesmo não havendo qualquer evidência.
A investigação ocorreu sem a participação da Rússia, mesmo depois de Moscou oferecer assistência, entretanto, a investigação rendeu diversas acusações, mas nenhuma evidência concreta.
No ano passado, um grupo de agentes russos da GRU foi preso e deportado por autoridades holandesas, que acusaram o grupo de preparar um suposto ataque de hacker, entretanto, os agentes possuíam apenas recibos de táxi.
Aumento de espionagem?
Pouco depois, o chefe da inteligência suíça, Jean-Philippe Gaudin, afirmou que a espionagem russa em seu país estava aumentando, porém, não forneceu qualquer nome ou exemplos.
"Eu não posso fornecer muitos detalhes sobre as atividades russas na Suíça, mas está claro que temos mais atividades do que antes [...] Eu não posso dizer que são muitos espiões, mas é significante", afirmou.
A russa Maria Butina passou um ano presa nos EUA depois de ser indiciada em uma corte de conspiração em uma suposta ação conjunta com um "agente espião". Mesmo sem evidências, Butina foi mantida detida.
E, por último, até mesmo, uma beluga foi declarada espiã, ao ser capturada perto do Círculo Polar Ártico com uma coleira com inscrição em inglês: "Equipamento de São Petersburgo". Nem uma outra prova foi encontrada.