A medida faz parte de uma série de planos que estão sendo analisados por comandantes americanos para estender o uso da frota de B-1 até 2036.
Segundo o portal americano Military.com, caso a mudança no modo de voo seja aplicada, a aeronave teria um dos propósitos de sua criação evitado.
Projetado para voar em alta velocidade a baixa altitude, o bombardeiro nuclear B-1 foi criado para lançar ataques nucleares contra a União Soviética nos anos da Guerra Fria.
Tal modo de voo teria como objetivo evitar a detecção por parte de radares inimigos. No entanto, ao evitar voos a baixa altitude durante treinamentos, o B-1 seria forçado a voar em grandes altitudes.
"Estamos trabalhando estreitamente com as tripulações, equipes de manutenção, engenheiros da indústria e comandantes para identificar e determinar se mudanças, e quais, podem ser feitas, ao passo que balanceamos a necessidade operacional de hoje com a longevidade da estrutura do B-1 para o futuro", declarou o porta-voz do Comando de Ataque Global da Força Aérea dos EUA (AFGSC, sigla em inglês), tenente-coronel David Fraggard.
Desgaste da aeronave
De acordo com a mídia, testes de desgaste de aeronaves teriam provado que voos em baixa altitude provocam maior desgaste na estrutura do avião.
No entanto, a mudança de altitude de voo em bombardeiros seria uma prática comum.
Reforçando a ideia, Alan Williams, ex-piloto de bombardeiros B-52 dos EUA, comentou as complicações em voos de baixa altitude.
"Baixa altitude é pesado em um avião. Existem muitas forças – atmosfera, turbulência, todas estas coisas", recordou Williams.
Armamento mais pesado
Também mudanças no compartimento de bombas do B-1 são consideradas pelos militares americanos.
"Estamos discutindo agora sobre como pegar o compartimento de bombas [e] colocar quatro, talvez oito, armas hipersônicas de grande porte", declarou o general Tim Ray, comandante do AFGSC, durante a Conferência Espaço Aéreo e Cyber anual da Associação da Força Aérea.