O convite de Fernández teria sido feito durante uma conversa telefônica entre o mesmo e o presidente venezuelano Nicolás Maduro.
Conforme publicou o portal Infobae, Jorge Rodríguez, ministro da Comunicação e Informação da Venezuela, teve entrada proibida na Argentina após decreto feito pelo presidente argentino Mauricio Macri como uma de suas medidas contra Caracas.
Além disso, Rodríguez figura na lista de cidadãos venezuelanos sob sanções dos Estados Unidos, de acordo com o portal.
"O presidente Maduro depende de seu círculo interno para manter seu controle sobre o poder, enquanto seu regime saqueia o que sobra de riqueza da Venezuela", declarou Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, ao falar sobre a decisão norte-americana de impor sanções contra o ministro venezuelano Rodríguez, segundo o Infobae.
Decreto vigente
Apesar do convite de Fernández, o decreto de Macri ainda estará vigente durante a cerimônia de posse do novo presidente argentino.
Desta forma, como explicou o portal, Fernández teria duas opções. A primeira seria "remover" o decreto de Macri, uma vez que a equipe do presidente eleito já tem controlado o poder federal. A segunda seria reter Rodríguez no aeroporto até que Fernández seja declarado o presidente em exercício oficialmente.
Para tanto, como teriam dito fontes da administração de Fernández ao Infobae, o presidente eleito optou pela primeira opção, ou seja, permitir que Rodríguez participe da cerimônia de posse, que ocorrerá nesta terça-feira (10), apesar do decreto de Macri.
Desconforto diplomático
Além de Rodríguez, o diretor de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Mauricio Claver, deverá participar da cerimônia a poucos metros do venezuelano.
Segundo o portal, Claver tem se ocupado em coletar informações sobre as atividades de Rodríguez, o que poderia gerar desconforto diplomático durante a cerimônia de posse.