Durante a conferência anual da União Americana de Geofísica, realizada em São Francisco, nos EUA, pesquisadores mostraram uma sequência de imagens do Alasca, Groenlândia e Antártica, tiradas por satélites, incluindo as do estudo geológico do programa Landsat da NASA.
Uma série de imagens compiladas mostra as dramáticas mudanças nas geleiras do Alasca que alertam sobre a eventual diminuição da geleira Hubbard.
Na Groenlândia, diferentes registros de satélites mostram uma aceleração na diminuição das geleiras desde ano 2000, bem como surgimento de lagoas devido ao degelo, que estão se espalhando nas alturas mais elevadas durante a última década, o que poderia acelerar o fluxo do gelo.
Utilizando imagens de 1972 a 2019, tiradas pelos satélites Landsat da NASA, o glaciologista Mark Fahnestock, da Universidade Fairbanks, do Alasca, compôs uma sequência de imagens de várias geleiras do Alasca e do território canadense Yukon.
"Agora nós temos este registro extenso e detalhado que nos permite ver o que aconteceu no Alasca. Quando imagens como essa são reproduzidas, você tem uma ideia de quão dinâmicos são estes sistemas e quão instável é o fluxo de gelo", afirmou Fahnestock.
Os vídeos exibem claramente o que está acontecendo com as geleiras do Alasca em um clima quente, realçando como diferentes geleiras respondem de diversas maneiras.
A geleira Columbia era relativamente estável quando o primeiro satélite Landsat foi lançado em 1972. No entanto, a partir de meados da década de 1980, a crosta visível da geleira começou a se desprender rapidamente e em 2019 estava a 20 quilômetros distante.
Em comparação, a geleira Hubbard avançou 5 quilômetros nos últimos 48 anos. No entanto a imagem deste ano mostra uma grande ruptura na geleira, de onde o gelo começou a desaparecer.