A Comissão de Relações Exteriores aprovou uma medida que solicita a avaliação do Departamento de Estado sobre a classificação da Rússia como "Estado patrocinador do terrorismo", abrindo caminho para a imposição de sanções mais severas.
Proposta pelo senador Cory Gardner, a medida pede ao Departamento de Estado dos EUA (órgão equivalente ao Itamaraty brasileiro) que indique ao Congresso se a Rússia pode ser classificada como país "patrocinador do terrorismo".
O projeto de lei solicita ainda posicionamento acerca da classificação das milícias das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, na Ucrânia, como "organizações terroristas internacionais”.
O Departamento de Estado tem até 90 dias para responder às solicitações do projeto de lei, que deve ir a voto na Câmara dos Representantes e no Senado dos EUA.
A medida foi chamada de "Deter Atividades Malignas do Terrorismo Russo" ("Stopping Malign Activities from Russian Terrorism") para poder levar o acrônimo palatável para a mídia "SMART", ("esperto" em inglês).
Lista 'negra' dos EUA
A classificação de "Estados patrocinadores do terrorismo", aplicada a um número limitado de países, pode abrir portas para sanções econômicas abrangentes. Irã, Coreia do Norte, Sudão e Síria fazem parte da lista, que já incluiu Cuba, Iraque e Líbia.
A medida foi tomada um dia após a visita do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, à Casa Branca, durante a qual se reuniu com o secretário de Estado, Mike Pompeo, e com o presidente dos EUA, Donald Trump.
O Congresso norte-americano aprovou recentemente medidas para exigir mudanças na política externa da administração Trump. Mais cedo, o mesmo Comitê havia anunciado a aprovação de um projeto de lei para impor sanções contra a Turquia, pela compra de sistema de defesa antiaéreo russo S-400 e condução da operação militar na Síria.