O ministro esclareceu que Evo Morales chegou acompanhado do ex-vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera.
"Acaba de chegar a [Aeroporto Internacional de Buenos Aires] Ezeiza e veio para ficar, suponho", declarou o ministro de Relações Exteriores da Argentina, Felipe Solá, ao canal local TN.
Na véspera, a chancelaria argentina havia concedido asilo aos dois bolivianos. Nas próximas horas, o Ministério do Interior da Argentina iniciará os trâmites para concessão de status de refugiado aos políticos.
Após passar quase um mês asilado no México e alguns dias em Cuba, o ex-presidente da Bolívia se encaminhou à Argentina para ficar com seus filhos.
De acordo com o jornal argentino La Nación, o chanceler ainda não havia se reunido com Evo Morales, e afirmou:
"O regulamento [para obtenção de status de refugiado] exige uma série de pautas, como domicílio etc. [...] Queremos de Evo o compromisso de não fazer declarações políticas na Argentina. É uma condição que pedimos a ele", declarou.
Sobre a saída de Evo Morales do México, o chanceler argentino afirmou que "ele se sente melhor aqui, onde seus filhos estão como estudantes universitários".
Solá acentuou que a Casa Rosada não reconhece a administração de Jeanine Áñez como governo da Bolívia:
"Eu diria que é um governo de fato [implantado ou mantido por via de fraude ou violência], que pode ter apoio da população. Trataremos de cooperar para que as eleições cheguem o mais breve possível", concluiu.
Evo Morales renunciou ao governo da Bolívia sob pressão das Forças Armadas, em 10 de novembro de 2019. Após a renúncia, recebeu asilo na Cidade do México.