No início de dezembro, Erdogan apresentou a ideia de uma possível mobilização das forças do país por solicitação do Governo do Acordo Nacional durante a assinatura de um acordo militar entre os dois governos. O almirante Faraj Mahdawi, chefe da marinha do Exército Nacional Líbio, disse que Haftar ordenou que suas forças afundassem navios turcos após um recente memorando de cooperação entre Ancara e o Governo do Acordo Nacional.
"Defenderemos os direitos da Líbia e da Turquia no Mediterrâneo oriental e estamos prontos para fornecer qualquer apoio necessário a este país. Se houver um pedido da Líbia [de enviar tropas turcas], tomaremos as medidas necessárias. Haftar não é uma força legal", disse Erdogan ao canal de TV turco A Haber.
Erdogan acrescentou que o acordo de cooperação militar entrará em vigor após sua ratificação pelo Parlamento turco.
Após a expulsão e assassinato do líder líbio Muammar Kadhafi, o país mergulhou em uma guerra civil brutal. Hoje, a Líbia está dividida entre dois centros de poder: um Parlamento eleito no leste do país, apoiado pelo Exército Nacional Líbio, liderado por Haftar, e o Governo do Acordo Nacional, apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no oeste.