Governo de fato da Bolívia vai denunciar Argentina por apoiar Evo Morales, afirma ministro

© Sputnik / Sergei Guneev / Acessar o banco de imagensEvo Morales, presidente da Bolívia, em Moscou
Evo Morales, presidente da Bolívia, em Moscou - Sputnik Brasil
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O Governo de fato da Bolívia vai denunciar a Argentina perante um tribunal internacional, por "favorecer" as atividades políticas do ex-presidente refugiado Evo Morales, disse o ministro boliviano da Presidência, Yerko Núñez.

"É evidente que existe interesse por parte da Argentina de favorecer o ex-presidente Evo Morales, no entanto, vamos fazer as correspondentes denúncias nas instituições internacionais", disse o ministro em uma entrevista coletiva.

A declaração surgiu em resposta a Santiago Cafiero, chefe do gabinete do presidente argentino Alberto Fernández, assegurando que Morales como refugiado tinha "os mesmos direitos que qualquer cidadão argentino […] liberdade de expressão, de opinião, de falar o que ele pensa".

A declaração de Núñez se alinhou às referências quase diárias do Governo de Áñez relativamente às palavras e ações de Morales no estrangeiro, em uma troca de acusações, denúncias e ameaças que mantêm o líder indígena em destaque na atualidade boliviana, aponta jornal Los Tiempos.

"Lamentamos, existem tratados internacionais e certamente será a chanceler (Karen Longaric) que terá que fazer estas denúncias e, além disso, quando for o caso, porque não pode ser existirem acordos internacionais e um país permitir que uma pessoa volte a causar sedição", disse Núñez.

Na sequência das declarações feitas no fim de semana pela presidente Áñez, Núñez afirmou que esperava que "de imediato, como compete", a Justiça boliviana emitisse um mandado de prisão contra Morales, com base na denúncia do Governo por supostos crimes de sedição e terrorismo.

O ministro da Presidência acrescentou que Morales pode ser julgado na Bolívia por alegados crimes de fraude eleitoral.

"Lamentamos que outros países [...] apoiem uma pessoa que claramente cometeu fraude, sedição e terrorismo na Bolívia", insistiu o ministro da Presidência.

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