A aurora é um fenômeno natural muito comum em Marte e, tal como as auroras na Terra, é formada quando os ventos solares interagem com a atmosfera.
O fenômeno poderia ajudar a compreender o clima em Marte e suas mudanças, incluindo a perda de água no planeta, segundo especialistas.
"As observações das auroras de prótons em Marte proporcionam uma perspectiva única do hidrogênio e da perda de água do planeta" afirmou Edwin Mierkiewicz, físico da Universidade Embry-Riddle à edição Science Alert.
As auroras são formadas quando os ventos solares atingem uma enorme nuvem de hidrogênio em torno de Marte, e os prótons carregados positivamente se neutralizam ao retirar elétrons dos átomos de hidrogênio.
“Perhaps one day... travelers arriving at Mars during southern summer will have front-row seats to observe Martian proton aurora." Our MAVEN 🛰️ detected these ultraviolet lights that appear in daytime. What they might reveal about Mars' changing climate: https://t.co/N2mSwiC1Q0 pic.twitter.com/7BnZNQQpYn
— NASA (@NASA) December 12, 2019
Talvez um dia, os viajantes que chegarem a Marte durante o verão do sul tenham lugares na primeira fila para observar a aurora de prótons de Marte. Nossa sonda MAVEN detectou essas luzes ultravioletas que surgem durante o dia e o que elas podem revelar sobre as mudanças climáticas de Marte.
A NASA explica que as auroras de prótons ocorrem frequentemente durante as observações diurnas do Planeta Vermelho, por isso, o aquecimento no verão e a atividade da poeira faz com que o vapor d’água suba a altitudes elevadas, onde a luz ultravioleta do Sol é dividida em hidrogênio e oxigênio. A espessa nuvem de hidrogênio na atmosfera aumenta as auroras de prótons.
O hidrogênio leve, que está debilmente ligado pela gravidade de Marte, faz crescer a coroa de hidrogênio em torno do planeta, aumentando a perda de hidrogênio para o espaço.
A aurora marciana foi identificada pela primeira vez em 2016, pela sonda MAVEN.