É reconstruída aparência 'surpreendente' de mulher de 5.700 anos (FOTO)

© AP Photo / Jens MeyerRetrato da famosa menina afegã feito por Steve McCurry (imagem referencial)
Retrato da famosa menina afegã feito por Steve McCurry (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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O DNA extraído de uma goma de mascar, encontrada no sítio de Syltholm, no sul da Dinamarca, permitiu reconstruir o aspecto físico da mulher que a mastigou 5.700 anos atrás.

Na terça-feira (17), o antropólogo dinamarquês Hannes Schroeder afirmou à revista do Instituto Smithsonian que foram reconstruídas as caraterísticas físicas de uma mulher que viveu 5.700 anos atrás.

'Combinação surpreendente'

Após terem analisado o material genético, os investigadores detectaram que se tratava de uma mulher da aparência incomum na Europa durante a maior parte do período posterior.

"Determinamos que ela tinha a surpreendente combinação de pele escura, cabelo escuro e olhos azuis", afirmou Hannes Schroeder.

Incrível!

A primeira goma de mascar do mundo foi descoberta por cientistas. Foi cuspida por uma menina (com cabelo escuro e olhos azuis) que viveu no sul da Dinamarca – 5.700 anos atrás. O equivalente pré-histórico da Wrigley's hortelã – continha seu DNA.

Segundo o cientista, as caraterísticas, que são incomuns atualmente, "aparentemente eram muito comuns" durante o período mesolítico.

"Os europeus agora têm uma cor de pele mais clara, mas aparentemente não era o caso 5.000 ou 10.000 anos atrás", explicou Schroeder.

Assim, a mulher que habitava na Dinamarca 5.700 anos atrás pertencia à continuidade genética comum para a Europa paleolítica e mesolítica, que foi deslocada ou assimilada, no início do Neolítico, pelos primeiros agricultores procedentes do Oriente Médio.

Provavelmente a mulher cuja aparência foi reconstruída era uma caçadora-coletora, já que a goma contém DNA de um pato e de uma avelã.

"Supostamente esse foi o momento em que a agricultura já tinha chegado e os estilos de vida mudaram, mas não encontramos rastros de ascendência de agricultores no seu genoma", disse Hannes Schroeder.

O cientista explicou que é possível que 5.700 anos atrás a mulher dinamarquesa ainda pertencesse aos caçadores-coletores, enquanto nas outras partes da Europa (Alemanha) já havia povoações agrícolas.

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