A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) atualizou sua Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas e incorporou um pássaro que havia sido declarado extinto em 1987.
A diminuição da população desta veloz ave não voador se acentuou quando a cobra-arbórea-marrom foi introduzida de maneira acidental na ilha de Guam, no oceano Pacífico, no final da Segunda Guerra Mundial. Foi em 1987 que este predador matou o último exemplar da ave, motivo pelo qual o animal foi declarado extinto em estado silvestre.
The Guam rail was extinct in the wild for nearly 40 years. Now it's back. https://t.co/S870Nom4Ys via @cnni
— Endangered Species Coalition (@endangered) December 20, 2019
A ave Gallirallus owstoni se extinguiu na vida selvagem há 40 anos. Agora está de volta.
No entanto, um programa de criação em cativeiro, que se estendeu durante mais de trinta anos, permitiu que a Allirallus owstoni se restabelecesse na ilha Cocos, vizinha do território original. Graças a este desenvolvimento, se evitou seu desaparecimento, ainda que a espécie siga classificada como em perigo crítico.
Desta maneira, a ave de Guam se converteu na segunda espécie de pássaro a "regressar" da extinção, após o condor da Califórnia.
Efeitos do aquecimento global
Nos estudos realizados pela IUCN se destaca que a mudança climática é causa de perda de espécies, como acontece com numerosas espécies de água doce e do tubarão lambaru de cauda curta, cuja população foi reduzida em 80% em trinta anos devido à degradação dos recifes.
A organização adverte que 37% das espécies de água doce da Austrália estão em perigo de extinção. Delas, ao menos 58% são afetadas pela mudança climática de maneira direta.