Na opinião do especialista em segurança Aleksandr Vlasov, essa batalha já está em curso.
A mídia americana revelou, citando fontes, que o Comando Cibernético dos EUA está desenvolvendo um plano para uma guerra de informação contra a Rússia em resposta à suposta "intervenção russa" nas eleições presidenciais americanas de 2020.
Segundo as informações, se Moscou tentar influenciar a votação, os empresários russos estarão em risco, com exclusão do presidente russo Vladimir Putin, pois atingir o presidente seria considerado demasiado provocativo.
'Ondas de fakes'
De acordo com o jornal, a inteligência americana acredita que o principal objetivo da Rússia na próxima campanha eleitoral será semear a discórdia na sociedade americana.
O general Stephen G. Fogarty, chefe do Comando Cibernético americano, disse que o Pentágono está preparando ativamente o conceito de guerra de informação no ciberespaço, na véspera das eleições de 2020.
Para o especialista Vlasov, na verdade, esta guerra de informação já dura há muito tempo.
"Não é preciso apenas esperar pelas ondas de fakes, é preciso ficar de olho nelas - eles [EUA] acabaram de anunciar o que vem acontecendo há tempos. Então este é um segredo de Polichinelo. Há uma guerra em curso, que está se desenrolando a uma escala crescente. Precisamos acompanhar todas estas campanhas de informação desde o seu início e não ter acanhamento de nos opormos a elas. Como se chama na doutrina nuclear - contra-ataque", disse o analista ao serviço russo da Rádio Sputnik.
Os EUA têm acusado repetidamente a Rússia de interferir na campanha presidencial de 2016, que terminou com a vitória do atual presidente norte-americano Donald Trump. Moscou refutou tais acusações, dizendo que as alegações americanas são invenções usadas como pretexto para a derrota do candidato democrata e para desviar a atenção do público dos problemas internos.