O Ministério da Defesa no país asiático condenou nesta quinta-feira (26) o orçamento militar dos EUA para o próximo ano por incluir cláusulas que interferem com as questões internas da China, acusando Washington de "sabotar a ordem internacional".
A lei da defesa nacional, que aborda questões como os protestas em Hong Kong e as relações militares dos EUA com Taiwan, viola o princípio de "uma China única" e prejudica as relações bilaterais, disse o porta-voz do Ministério da Defesa da China, Wu Qian, que acusou Washington de interferir nos assuntos de Hong Kong e Xinjiang, minar a prosperidade e a estabilidade de Hong Kong e desacreditar os esforços de Pequim para combater o terrorismo.
"Todas as tentativas dos EUA de travar o desenvolvimento da China não terão sucesso", afirmou Wu Qian, que exortou Washington a abandonar a sua mentalidade da Guerra Fria e sua lógica hegemônica, bem como parar de interferir nos assuntos internos de Pequim e dar passos concretos para manter as relações entre os dois países e suas Forças Armadas.
Alem disso, o porta-voz criticou as acusações infundadas dos EUA em relação à "ameaça militar" chinesa, apontando que o os EUA "perseguem o unilateralismo e o protecionismo". Neste aspecto Wu lembrou que, sob a Administração Trump, Washington abandonou o acordo climático de Paris e o acordo de 2015 sobre programa nuclear iraniano, além de se ter retirado da UNESCO.
"Este comportamento mostra claramente à comunidade internacional que os EUA – [são um país] sabotador da ordem internacional", salientou.