"Isso mostra que estamos na presença de uma agressão contínua do imperialismo americano, é uma ameaça à estabilidade de governos que não estão subordinados a ele, uma ameaça a tudo o que é soberania das nações", opinou Ortega.
Em 23 de dezembro, o governo venezuelano disse que o ataque ao Batalhão Militar no estado de Bolívar, durante o qual eles roubaram nove lançadores de foguetes RPG, pretendia gerar uma ação de bandeira falsa para incentivar a intervenção militar dos Estados Unidos.
Caracas acusou os governos da Colômbia, Brasil, Equador e Peru de facilitar o acesso aos seus territórios para a preparação e o trânsito de pessoas que executariam os ataques contra várias unidades militares no país.
Nesse sentido, Ortega, presidente do Comitê de Assuntos Internacionais da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), declarou que, com essas ações, o governo dos EUA busca colonizar os países latino-americanos.
"É uma alegação de que o imperialismo dos EUA precisa colonizar esta parte do planeta. No caso da Venezuela, eles não foram capazes de atingir esse objetivo", explicou o parlamentar.
O ataque
Em 22 de dezembro, o ministro venezuelano da Defesa Vladimir Padrino López informou que um militar morreu durante o ataque armado ao Batalhão 513 Mariano Montilla, localizado no setor Luepa do município de Gran Sabana, no estado fronteiriço de Bolívar.
Ortega também indicou que "a conspiração americana pretende acabar com a ordem republicana do sistema político venezuelano".
Os governos do Brasil, Equador, Peru e Colômbia rejeitaram e descreveram as acusações da Venezuela como infundadas.
Enquanto isso, o presidente Nicolás Maduro garantiu que as armas roubadas das Forças Armadas de seu país estão no Brasil e exigiu que o governo de Jair Bolsonaro capturasse os agressores.
Seis pessoas foram presas pelo ataque à unidade militar e o governo acusou três deputados da oposição de estarem envolvidos em um plano chamado "Natal Sangrento".