Apesar de já terem sido descritos por cientistas ainda em 1914, os Plecturocebus parecis, como a espécie foi chamada, foram considerados uma espécie diferente das demais somente neste ano.
Conforme publicou o tabloide Daily Star, o animal vive no planalto Parecis, no estado de Rondônia, e teria sobrevivido ao desmatamento, o qual tem causado grandes danos à Amazônia.
Ainda de acordo com a mídia, uma das razões da sobrevivência do animal teria sido o fato de o mesmo viver em porções mais elevadas da floresta, que os desmatadores têm mais dificuldade de acessar.
Hallan una nueva especie de monos en el Arco de #Deforestación de #Brasil pero corre riesgo de desaparecer.
— juliob (@juliob14) December 22, 2019
El 'Plecturocebus parecis' vive en pequeños grupos compuestos de familiares cercanos y se alimenta predominantemente de frutas y hojas. #MedioAmbiente pic.twitter.com/KJRdJRAdQH
Descobrem uma nova espécie de macacos no arco do desmatamento do Brasil, mas corre risco de desaparecer. O Plecturocebus parecis vive em pequenos grupos compostos de familiares próximos e se alimenta predominantemente de frutas e folhas.
O animal, chamado por índios locais de "otôhô", possui pelagem castanha em suas costas e uma grande mancha branca em sua testa.
O DNA do animal foi comparado com o de 10 outras espécies para se determinar a origem do símio.
Risco de extinção
Segundo a mídia, os pesquisadores acreditam que o animal deva ser classificado como "quase ameaçado" de extinção.
Conforme disse o biólogo Adrian Barnett à revista científica New Scientist, o macaco tem uma área de ação pequena e sua população está limitada ao planalto de Parecis.
Apesar do desmatamento, esta já é a terceira nova espécie descoberta neste ano no Brasil.
"Uma coisa sobre o desmatamento é que isso dá acesso a todo mundo a áreas remotas, então por vezes os cientistas vão até áreas que nunca foram propriamente exploradas antes [da chegada] das serras [alusão ao desmatamento]", afirmou Barnett.